sexta-feira, 9 de março de 2012

Mulheres preferem planos de previdência que concentram investimentos conservadores

SÃO PAULO – Quando o assunto é investimento, o sexo feminino está se mostrando cada vez mais conservador. Em 2011, 77% das mulheres que investiram em PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) optaram por fundos conservadores, ou seja, que concentram a maior parte dos investimentos em renda fixa.

Alguns anos antes, porém, o esse percentual era menor. Em 2008, 54% das mulheres que investiram em PGBL optaram por fundos conservadores. Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela SulAmérica Seguros, Previdência e Investimentos, considerando apenas sua carteira de clientes.

Na modalidade VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), o perfil conservador também predomina em 56% das investidoras. “Sabemos que existem fatores que influenciam na decisão de investimento. Para as mulheres, além do cenário econômico, pesam na decisão de investimento as necessidades de consumo e a preocupação com o futuro pessoal e familiar”, explica a diretora técnica de Vida e Previdência da SulAmérica, Carolina de Molla.

Futuro financeiro
Além de se mostrarem cada vez mais conservadoras, por conta do tipo de plano de previdência que escolhem, as mulheres também estão se mostrando cada vez mais preocupadas com seu futuro financeiro.

Dados da Brasilprev Seguros e Previdência mostram que, dos mais de 1,1 milhão de pessoas que possuem algum de seus produtos de previdência, tanto PGBL quanto VGBL, em todo o Brasil, 500 mil são do sexo feminino. A participação do sexo feminino na base de clientes da Brasilprev subiu três pontos percentuais em 5 anos, passando de 43% em 2006 para 46% em 2011.

Solteiras
As solteiras são a maioria nos planos de previdência da SulAmérica. Das mulheres que investem em VGBL, 61% não são casadas e, entre as que investem em PGBL, a porcentagem de solteiras é de 54%.

A média de idade das investidoras gira em torno de 37 a 39 anos. “São mulheres independentes financeiramente que se preocupam com a manutenção do padrão e a qualidade de vida na fase da aposentadoria”, comenta Carolina.

Observa-se uma mudança no perfil do sexo feminino. As mulheres estão assumindo cada vez mais o papel de chefe de família e também estão entrando mais no mercado de trabalho, assumindo de forma crescente posições-chave nas empresas.

“Tais fatos refletem na preocupação delas com a previdência privada, como aponta nosso estudo”, comenta o gerente de Inteligência de Mercado da Brasilprev, Sandro Bonfim.

Fonte: Infomoney

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